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Mostrando postagens de dezembro, 2015

NOVAS DIRETRIZES

Tempo Estraño sempre foi um presságio, um anúncio, uma profecia. "A eternidade anda enamorada dos frutos do tempo" - mas a maneira de amar do eterno é rude, eu acrescentaria. As realidades começam a convergir e a se sobreporem e os que têm olhos para ver admiram o CAOS PRIMORDIAL espreitando pelas frestas que somos incapazes de preencher com estas nossas crenças condicionadas.  Vivemos em um  tempo interessante  em que tudo é extremamente flexível & que pequenas ilusões tomam grandes proporções e consistência de forma abrupta. A incapacidade de moldar nossas próprias vidas acaba por nos conduzir por uma distopia coletiva que dissemelha-se progressivamente de qualquer ideal longínquo que pudemos almejar algum dia. Abster-nos da forja do que somos imputa-nos à essa paranoia programada que cocria uma espécie de apocalipse para findar com os entendidos & com os covardes, ambos já vegetativos & desesperançosos em si. O desinteresse - ou nem isso, a incapacidade de comp

Muito se Ladra às Sombras

A palavra é chave, é o acesso às inúmeras possibilidades. Evitamos o velho ditame "peça e lhe será concedido" pelo descaso conosco mesmos que nos fez céticos, mudos e adestrados às falsas percepções. Todo comando desencadeia uma reação e mesmo a frivolidade partilha das conseqüências de sua pequenez. "Saber, Ousar, Querer, Calar". Pois aquele que se desperdiça em ladainhas acumula-se em irrelevâncias e nem mesmo o ingênuo escapa ao eco do que é. Quem não se desafia constantemente, embota-se; em boa hora: a cegueira do gume é o medo que desponta qualquer assertividade. Palavra sem pontualidade é a verborragia que nos atrasa rumo ao essencial. A língua sela compromissos que um aperto de mão não poderia. As ameaças, portanto, são confissões de impotência. É o manejo amador da substância literária: frases insossas e inconcretas, o inofensivo travestido em vociferações, o desespero cuspido. A falta de classe descaracteriza o perigo. Quem quer que seja audaz para interrom

Espuma

Dos respingos, excessos Dos restos, descaso Dos transbordamentos, a têmpera  para lidar com o descabido. Teu vazio contido não se compara ao Meu Vazio contém. Alvo feito o Nada, Tecido cru & corpo nu Tanto cor como vestígio, Alquimia da extravagância: toda sobra é matéria prima os bons modos da Gula & a Avareza póstuma que rege a rigidez de quem nunca riu de si. Espelho límpido, reflexo imundo Eu oceano, diluo o desaguar. Uma puta maré de ressaca & as oferendas debochadas de volta à beira de areia.

Gozo

Prazer é Poder.