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Mostrando postagens de agosto, 2020
“Eu Sou a Luz & a Iluminação.”

A Escrita como Hábito da Solidão

Meu diário tem recebido tantas pérolas de conhecimento que eu tenho sido displicente em compartilhar com o mundo. Sobretudo pelo trabalho que dá contextualizar e sintetizar as informações de maneira acessível e, claro, poética.  Mas penso também que quando a sabedoria abunda ela acaba por encontrar meios mais fáceis de falar aos ouvidos do entendimento. E isso acaba se dando naturalmente no meu dia a dia no consultório ou no contato com amigos e outros amantes do sutil.  No fim, talvez meu hábito de escrita fosse um vício da solidão que me acompanhou por tanto tempo na vida. Lembro da rigidez e da autocobrança da produção de laudas nas quais eu me derramava por capricho & por necessidade.  Hoje, porém, não dependo em nada da escrita. E também sou bem menos de feitios exóticos ou dado a apreciações de estranhos. E, se por um lado isso torna a minha produção mais rara, por outro talvez a faça mais autêntica. Escrevo por que quero e afio a minha Vontade em cada linha que p

Raquel 12/08/2020

Hoje fazem 3 anos que nós demos aquela puta festa! Escolher dividir a vida com você não é difícil, e talvez tenha sido a decisão mais acertada que eu já tomei. Eu costumo dizer por aí que você tem qualidades que me surpreendem recorrentemente e que me acometem de uma forma tão profunda que me fazem questionar a singularidade do que hoje eu sou capaz de perceber. O seu lidar com o mundo, especificamente, é o que mais me assombra, porque a sua presença é tão amorosa e toca a alma do outro tão naturalmente que é difícil de entender essa experiência tão sutil da vida. Rara e singela, elegante e natural.  Suas palavras, sua receptividade, e toda essa inteligência administrativa e social e humana e, enfim. Eu demorei um pouco para entender que eu não preciso entender as coisas com as palavras, se eu as entendo com o coração. E acho que isso resume muito bem o que nós somos um para o outro.  Eu te entendo, te respeito, te admiro e em todos esses atos eu te amo.  Sou muito feliz por dividir a

Desnudo

A vida acontece. Altos e baixos, risos e choros, semeadura e colheita. Mais cedo ou mais tarde é mister que nos decepcionemos. E nem importa muito o motivo, inadvertidamente nos encontramos todos, em algum momento, intoxicados pela desesperança e desgosto com o mundo.  Em retrospecto, ao analisar os eventos subsequentes, é bem possível que adotemos um viés de confirmação muito clichê: o de que a nossa  intimidade é algo precioso por demais para ser compartilhada com profundidade e abertamente. Assim passamos a zelar por ela como um tesouro que deve ser conquistado e valorizado, combatido e preservado, como a joia que representa nosso último resquício de dignidade. Ó vaidade despedaçada que seca o coração dos homens!  Centrado em mim, entretanto, concedo intimidade até pro curioso funâmbulo que semeia intriga por mera insatisfação consigo próprio. Quando assumo o despedaçar das ilusões, abraço a impermanência e me entrego ao estado de graça incondicional, confiante e bem disp