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Mostrando postagens de junho, 2013

Réplica

- Você se machucou? - Não, eu estou bem. Até então... - É uma pena... Digo, o espelho ter quebrado. - Sim. Penso que as coisas vão piorar daqui pra frente, então um espelho quebrado é pontual para marcar o início de uma desgraça. - É um começo... Mas acho que as grandes tragédias não devem principiar-se com a queda de espelhos, por que isso lhes tiraria o mérito. Além disso, marcos são exclusivamente voluntários, entende? Como os brindes: o estalar das taças só tem valor por que atribuímos a ele. - Obrigada, mas você não está me animando. - Pois bem, você acredita em acaso? - Já acreditei. - E o que a fez desacreditar? - A lógica. - Então tenho o prazer de conversar com uma desperta? Isso é bom! - O que você quer dizer? - Bem, a grande maioria das pessoas decide sua crença arbitrariamente, quase que irresponsáveis, e é isso o que faz de seus pensamentos meras crenças e dá à palavra o sentido denotativo que experimentamos hoje. No entanto, toda e qualquer conc

Éter

Um dia nos damos conta De que tudo é sobreposição Aquém do íntimo, apenas ilusão. O que é, afinal, Um Teatro de Sombras, Se não a própria imaginação? As arestas podadas voltam a crescer, Numa vã rebeldia pontiaguda. E no aparo, o amparo. Quando os ímpares vêm-se pares.

Inacessível

tentativa não é atentado. & alienação de Vontade é desejo frustrado. Sorte: e nem assim.

A Amanda e o Amando.

Não era lá um Amor, posto que este pressupõe algo muito definitivo. Mas era um Amando, com seu gerúndio indefinido e seu prazo de validade a contar...