tempo estraño

O trabalho do restaurador de artes é um pouco ingrato porque quanto mais proficiente, menos se nota sua intervenção. É uma fina arte que apenas olhos treinados podem compreender o esforço que é feito para se fazer o perfeito imperceptível. Eu às vezes acho o meu trabalho similar ao do restaurador. Não porque meus resultados não sejam notáveis. São, e muito. E se fazem explícitos mesmo para os leigos e desconhecedores da arte.  Mas gosto de pensar que essa ciência da manipulação de energia é também uma fina arte que exige olhos treinados e uma singular compreensão da realidade invisível para poder entender tudo o que está sendo feito e como as técnicas se encaixam com uma harmonia sublime que se faz imperceptível na coroação do conjunto.  Entretanto, não acho meu trabalho ingrato. Muito pelo contrário, é uma das poucas profissões em que se é agradecido pelos vivos e também pelos mortos.  E isso me satisfaz bastante, diga-se de passagem. 

— Que foi? Por que você está rindo? — Nada demais, eu só pensei numa coisa… — E o que é? — Eu tô pensando que é muito bonito ver essa colheita magnífica, mesmo com as adversidades ocasionais. — Ah sim. É impressionante  — Fico muito feliz com a forma como as coisas estão se dando — Pois já pensou quando a raiz secar? — Ah já. — A natureza é preciosa — Erva daninha não tem primavera 

“Você disse que aos 33 gostaria de ter parte da sabedoria do Mestre Jesus. Muito bem. Dos 40 dias de tentação no deserto para os 120 dias que suportastes, parte dessa sabedoria não advém justamente dos desafios? Olhando para trás, você faria diferente? Desfrute do aprendizado. Você está entrando numa nova etapa da sua vida.”

No texto passado definimos como limpeza energética não a simples dissolução de cargas etéricas pontuais, mas o desbloqueio do potencial do indivíduo rumo à consecução: tanto pessoal, como espiritual.  Assim, pontuamos que a adoção de práticas meditativas, de oração e de auto gestão vão conferir maior autonomia e, consequentemente, um ganho de poder pessoal que fará a vontade do indivíduo ser mais clara e mais firme.  A limpeza energética é, portanto, um instrumento que torna o propósito do estudante mais evidente e que o auxilia no desenvolvimento do discernimento do eixo desejo versus vontade, e também no delineamento de seu espaço pessoal. Ao se adotar hábitos que definem melhor o nosso campo energético, repensamos as interações que contraímos e suas repercussões em nossas vidas.  A partir daí, regulando melhor os nossos filtros, fica mais fácil observar o quanto somos assaltados e bombardeados por desejos artificiais, que se criam como legítimos e se exibem como gritos de