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Mostrando postagens de maio, 2009

Ambiguidade

 falta d e/o ser amado.

Página Solta

De modo que seria insensato continuar ostentando seus luxos e não-me-toques, pois dera-se conta de sua estaticidade e invalidez. Então chegara a hora de abdicar-se de objetos e valores e dispor-se ao curso com espontaneidade. Mas quais serão as palavras dos outros? Julgamento incisivo que norteia seus atos. E isso já é um tanto desmotivador. E qual será o seu objetivo? E resta saber se será seu ou dos outros. Sua ascensão sempre esteve enraizada em seu ciclo social. E que calçado te dará o passo firme? Pois a estética é imprescindível e você sempre prezou por aliar o útil ao agradável, ainda que tivesse de pagar mais por isso. E, ainda, quem projetará teu caminho e quem o construirá? Pois não venha me dizer que você o fará. Você só pisa em estrelas! o teu tapete vermelho não toca o chão com medo da poeira! E em um belo dia a vassoura não será nem transporte nem limpeza e o pó de arroz não será mais um entorpecente ou artefato para a beleza. E será tudo em vão: Quem carrega jar

Calma

A mão que esfrega as pálpebras em busca de calma fere os olhos e estoura as veias. e, quanto mais eu procuro por calma, mais eu estouro meus nervos.

Um bilhetinho

"A sorte lhe faltou ao ter sido moldado com tanta inconstância”. Foi um lembrete da noite anterior, fruto da insônia que reduzia minhas opções. E uma hora  nosso corpo desaba sem que sequer nos demos conta e é geralmente quando se diagnostica o estado crítico. Quando acordamos a amnésia já tinha nos envolvido novamente e tudo o que sobrou foi o saldo com nosso corpo, que já era negativo e agora passava a ser insuportável. Álcool demais, distrações involuntárias como conseqüência das noites mal dormidas, músculos atrofiados, falta de higiene e refeições desequilibradas. E tudo resultava na falta de ânimo para as coisas novas e o sincero desejo pela nossa cama e a eterna solidão do sono. Transitamos entre o sonhar e a vigília sem saber exatamente onde nos encontramos. E, indiferentes,  nem esperamos a visita do extraordinário, já que nunca nos lembramos de nossos sonhos. Acordamos cada dia um e por isso insistimos para que os verbos sejam plurais. Pois múltiplos, sentamos sempre