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Mostrando postagens de abril, 2015

Estilhaçado

Do brinde restou a mentira: talvez tudo termine, sim. Em entrelinhas ou não, talvez tenha faltado dizer: amo-te e, não como os demais, que já passaram por essas minhas páginas em branco, talvez eu tenha te dado muito; talvez fosse eu quem ultrapassou as expectativas numa curva côncava, ascendente, e não esperei. - Dizem que eu esperei demais, mas também muito penso, e jejuo dessa maçã que lhe é tão cara e na qual você cospe e pisa e vomita. Talvez eu tenha me exaltado: quis te mostrar a Queda, e te colocar abaixo, ainda mais abaixo, onde você julga ter conhecido, mas te afirmo que não, e nem quer e nem eu quero. Então eu me lavei do ÓDIO e do rancor e da decepção que, convenhamos, era previsível - Eu nunca consulto os Oráculos para o Óbvio  foi como compus estes fragmentos que ajuntei do que esfacelou. Mas, se tenho pena? pesar, piedade pecado?! sua penúria é seu problema, de mais ninguém. Perdoe-m

CARTA AOS ILETRADOS

Querido Sísifo, Belo mármore! Carrega-o de novo                               [para longe, vai

GÊNESE

No início Havia cortinas de veludo vermelhas Que encerravam Por trás de si O Vazio Primordial & Ao canto de conciliação Contraiu-se O vasto oceano escuro Num rasgo seco Do romper de tecidos & Da fenda Fizeram-se feixes E por cada fresta Flechas De Luz & O Imanifesto Inefável Esboçou-se Primeiro baço E então evidente & Houve o deslumbre Tudo o que Há Experimenta-se Em uma apoteose Apocalíptica

Verso de Desalento

☾ Alegria simples que se lê devagar de tarde de infância de casa de vó do ideal nunca vivido da sépia da mente. Alegria triste, saudades do que não foi.