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Mostrando postagens de junho, 2015

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Eu tenho cinco minutos para te contar o que aconteceu. Quer sentar? Tá livre. Bem, o ponto estava apinhado. Moleque, madame, maltrapilho, nem se via a calçada desfalcada. Quebra-cabeça de paralelepípedos decomposto sob os pés da metrópole. Ônibus vai, ônibus vem, uns contam o tempo, outros a sorte. Duas coisas fazem mal ao homem moderno: a cabeça vazia e a condução cheia, o resto é conseqüência. E foi de um desses ônibus cheios que desceu um moço de boa fé e se entrosou na multidão, certamente fazendo sua baldeação corriqueira. Pois que quase nem o vi, mas vinham vindo uma mocinha e uma senhora e nestas reparei bem: de branco, bonitas de felicidade, o contraste da cidade. E da atenção que chamaram foi difícil perceber a pedra. Precisou o sangue manchar a roupa para ver bem a fragilidade do nosso respeito. E eu nem soube se eu tinha a mão ou a nuca manchada. Não sei se eu tinha atirado ou recebido a pedra. Mas, como todo o ponto, permaneci inerte, ainda mais inquieto pela chegada do ôni

DOS DEVERIAS

Deveres Derivam Devires

O RELES DOIRADO

ou Provérbios da Fome Torna-te a ti mesmo ou toma a forma dos frívolos. Toda faceta falseia: Grão de areia & gravidade. O tempo é um deserto extenuante; Toda morte é por cansaço. O sal é um destempero, Mas conserva os restos da dignidade. Incognoscível é o rastro de quem se arrasta. Amanhar é o ofício da tempestade. Entre as ancas da ampulheta, o orifício. Acima como Abaixo, Qualquer vidro bem lustrado reflete. Dunas de rugas pelo entendimento caricato. O teatro do quem-sou nunca exclama. A eloquência ressecou a saliva do sábio. O tolo azeda o ditame. Quando a coragem cede, a cortesia celebra. Um Rei não sacia sua sede, senão por si. Renuncia às adversidades,  Todo detalhe é imperfeito. A maturidade venceu o desdém. Enigmas são elogios.

CORAÇÕES CÉTICOS

A utopia do amor é só uma fase.