Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2024
Se as pessoas já gostam de mim agora,  imagina quando eu terminar de me tornar quem eu sou?

A Senda & os Mestres

Quantos antes de mim já não pensaram exatamente como eu agora? Quantos antes de mim já trilharam esse mesmo caminho? Aliás, por quantas vidas consecutivas eu tenho seguido a senda da iniciação, e por quantas outras eu me desviei nos atalhos que se apresentam no avanço tortuoso e cambaleante? Mas cá estou, firme, e certo de que nunca antes estive tão centrado - em mim e no Propósito. E é isso que me faz perguntar: quantos outros já tiveram tão certos assim, e continuaram avançando? E estes, Mestres, por quanto mais tempo caminharam antes de se indagar quem veio antes deles, e como palmilharam a estrada? Questiono por pura contemplação, como um passatempo de quem se distrai com a paisagem enquanto continua a andar.  Pergunta alguma pode me deter.  Resposta alguma pode me assombrar.  Eu continuo avançando pela senda, e pondero os companheiros que antes aqui estiveram, e que aqui continuam comigo. E é  por poder sentir os seus rastros que lhes evoco ao pisar em suas pegadas: Quantos antes?

Tempo & Cultura

Uma cidade que cultua o passado faz com que sua história seja mais espessa. Isso quer dizer que o seu ritmo é mais lento e constante. Suas praças contém estátuas e homenagens, seus museus e cemitérios são valorizados e a população tem referências locais sólidas e profundas. Uma cultura que é palpável e estruturada aterra e nutre seus moradores. Saciados, eles caminham em um ritmo próprio.  Uma cidade pobre em cultura e desprovida de história é uma cidade instável, de valores voláteis. Uma população sem referências locais importa ideais artificiais em busca de realização e pertencimento. O processo afronta o coletivismo, e instiga competição, insegurança e ansiedade. Isso desloca o eixo temporal local e a vida parece acelerada e descompassada. A cidade é pouco convidativa para se manifestar planos sólidos e de longo prazo. Se tudo é urgente e abrupto, nada frutifica no tempo certo e tudo é interrompido - o que é coerente, pois as raizes são rasas e frágeis.  Antepassado não

Ocultismo, Misticismo & Dissonância Cognitiva

A academia não entende de espiritualidade. A academia entende de história, de documentação, de sistematização de conhecimentos. Mas ela está muito pouco preparada para lidar com os fenômenos metafísicos objetivamente.  Aliás, pelo contrário, a academia estará ocupada em estudar a forma como se lidou com esses fenômenos pelas perspectivas de A, B e C, mas não oferecerá soluções e, talvez, nem sequer cogite questionar o fenômeno antes que ele se torne um cânone e tenha relevância para ser pesquisado oficialmente.  É por isso que eu não confio muito em círculos espiritualistas que se pautam unicamente por pesquisadores renomados, ou cuja maior virtude dos membros é ostentar uma erudição particular e específica, ou no típico intelectualoide inseguro, atraído para esses grupos, que busca um viés cartesiano para decompor e estudar o oculto sob as lentes de sua conveniência.  Eu não acredito que haja uma única maneira de se lidar com a espiritualidade. Pelo contrário, penso que