Ocultismo, Misticismo & Dissonância Cognitiva
A academia não entende de espiritualidade. A academia entende de história, de documentação, de sistematização de conhecimentos. Mas ela está muito pouco preparada para lidar com os fenômenos metafísicos objetivamente.
Aliás, pelo contrário, a academia estará ocupada em estudar a forma como se lidou com esses fenômenos pelas perspectivas de A, B e C, mas não oferecerá soluções e, talvez, nem sequer cogite questionar o fenômeno antes que ele se torne um cânone e tenha relevância para ser pesquisado oficialmente.
É por isso que eu não confio muito em círculos espiritualistas que se pautam unicamente por pesquisadores renomados, ou cuja maior virtude dos membros é ostentar uma erudição particular e específica, ou no típico intelectualoide inseguro, atraído para esses grupos, que busca um viés cartesiano para decompor e estudar o oculto sob as lentes de sua conveniência.
Eu não acredito que haja uma única maneira de se lidar com a espiritualidade. Pelo contrário, penso que estamos lidando com ela, direta ou indiretamente, o tempo inteiro. Mas eu acredito que a vaidade intelectual é o refúgio do covarde que, antes mesmo do medo de confrontar a crueza da realidade última, teme o despojo de suas certezas domesticadas. Então, obviamente, ele é inapto para entender o objeto do misticismo, mas o desdenha com os ares de superioridade que apenas o medo míope pode conferir.
Estes, portanto, chamam-se “ocultistas”.
E se pudessem, corrigiriam a Moíses,
a pronúncia do Tetragrammaton.
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