Espirro
Te vi a poesia. Mentira, sabe como são os escritores... Não foi tão abrupto. A gente conversava [/automático] e eu me indagava, distante das banalidades, se merecia tanto; não merecia. Então te escrevo essa prosa que é pra saldar meu débito poético, posto que não te fiz musa e nem foda, com todo o respeito. Mais fácil excitar velho murcho do que inspirar autor desinteressado. Maracujá azedo, nem com açúcar de vizinho. E, é claro, antiquado tanto como me convém, torno-me cafajeste em seus lábios, após a leitura maldosa. Mas não tem maldade, é só um desencanto rotineiro. Às vezes eu me engano feio...