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Perséfone colhe narcisos ao colo Logo, abaixo do solo Quando eu era Eros Menos que cupido, eu era tentação Um convite, um sorriso, toda a atenção Brincadeiras que são levadas a sério Quão estéril é o homem ausente de graça? Só deslumbra quem se engraça Eis o olhar que se amacia Passo em falso, alto e baixo, Aos ouvidos, poesia Mas fui anjo displicente Fiz sem pares meus devotos Feri com o arco a mim próprio Já não caço por aí E das mulheres que toquei Restou-as tanta fantasia Quem diria? Outro dia... Bem sabias: não voltei.