pois todo fim é um começo e toda despedida tem seu charme. Queria já ter partido há muito. Assim, espontâneo & definitivo, só para vê-la acenar seu lenço assoado & encharcado das lágrimas que vergam por mim. Que não retornarão aos seus olhos, assim como não retornarei aos seus braços. O sol não volta atrás por que sabe da deselegância do regresso. E faz de sua despedida um espetáculo à parte, aplaudido no fascínio daqueles que desconhecem os outros cantos do mundo. Aplaudo o sol de pé. Sem lugares estratégicos, porque não é aos meus olhos que ele toca. Mais coerente seria o coro se o elogio fosse feito à dedicação com que este se mantém sobre nós, incondicional. Mas vivemos de momentos, entre vírgulas, de finais felizes! Aplaudo o sol com vigor & alívio. Sou vivaz em minha indiferença, tomado pela ansiedade, cordial nas palmas explosivas que anunciam o fim de minha espera. Dói-me este receio com que se vai; esta despedida longa & dramática & indecisa