Apoteose
ao som de Spacemen 3 Começa escuro. Eu andava apreensivo, sem muita paciência para ver filmes inteiros. Andei deixando a cama pela madrugada e o sono pela metade; os cafés-da-manhã intactos e os da tarde mordiscados levemente; as piadas no silêncio, completo. Os pensamentos longe disso, num monólogo insistente. Andei abandonando ideias na lixeira do meu cubículo, dando voltas mais longas com meu cachorro como pretexto para a ausência, esquecendo-me de carregar o celular; esquecendo de carregá-lo comigo. Um amigo havia indicado. Amigo? Estive a perambular pelas noites até eventualmente deparar-me com um alguém que parecia tão ou mais perdido do que eu. Acho que isto é motivo para considerá-lo um amigo, faz com que a gente se sinta melhor, ainda que o interesse fosse tão pouco. Nesses casos, quando se foge de casa para tomar um ar, opta-se por respirar, não existe nenhuma semelhança entre você e qualquer coisa ao seu redor; não há ligações com o mundo exterior! Nesses cas