Elogio ao Pensamento Religioso
Se você olhar de perto, todas as religiões possuem caminhos muito bonitos.
Mas, se você olhar ainda mais de perto, você descobre que não é o conhecimento dos dogmas ou a prática dos fundamentos que faz do fiel um bom religioso.
O que torna o indivíduo um bom religioso é a disposição à transformação interna. E sua repercussão ao seu redor.
Essa transformação interna, entretanto, não é posse exclusiva de nenhuma religião ou credo.
Aliás, pelo contrário, todo caminho espiritual se pauta nessa premissa. E, a partir dela, desenvolve suas particularidades.
Há, porém, um fenômeno peculiar no meio ocultista que é a crença de que a posse do conhecimento se equivale ao poder de execução e, por conseguinte, a alguma distinção ou autoridade.
Essa é a maior bobagem que já foi inventada. E foi inventada justamente pelos ineptos. Que desejaram gozar do prestígio & do poder daqueles que realmente se realizam em Si, mas só detinham algumas linhas decoradas e a ilusão de que saber o caminho correto era o mesmo que trilha-lo.
O que é o mesmo que esperar que as pessoas reverenciarem uma espécie de conhecimento potencial - que nunca foi aplicado e demonstrado, mas reside na suposta erudição daquele ser especial.
Daí que a gente chega na premissa de que a prática da espiritualidade independe do conhecimento espiritual. Qualquer pessoa pode ter uma vida equilibrada e satisfatória sem a necessidade de observar dogmas e fundamentos, seja de qual religião ou credo for.
E há, claro, as pessoas que usam desses fundamentos para aprimorarem sua bondade e entenderem como podem ser ainda mais íntegros no mundo.
Essa, entretanto, parece ser a excessão da regra quando se trata da prática contemporânea do ocultismo, que está mais preocupada no colecionismo de saberes e na suposta aquisição de poderes e recursos, do que num trabalho de elaboração de Si e nos impactos que sua trajetória lega ao mundo.
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