Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2025

Das alternativas ao erro

Todo mundo erra. Alguns poucos admitem seus erros, Outros tantos tentam consertar. Admitir não implica em consertar, e vice-versa. Cerque-se de pessoas que estão na intercessão da autocrítica e do autodesenvolvimento, mas que também sejam dotadas de bondade para perdoar os erros dos outros. Mesmo que eles não os enxerguem, ou não tenham disposição para repará-los.

Da Integridade do Juramento

Quando eu fiz os meus votos de compromisso, copiei-os num papel e preguei na parede do meu templo para que ficassem à vista e sempre norteassem os meus valores e decisões.  Com o passar do tempo e a incidência constante do sol, as palavras foram se apagando do papel até que não mais fossem visíveis. E eu me confrontei em reflexão: se também as atitudes e posturas foram se apagando? Se eu realmente estava honrando os compromissos que fiz? Se havia algo que estava faltando? Será que minha consistência havia minguado tal como os rastros do grafite no papel? Então entendi que eu precisava refazer o meu juramento, assumir novamente as minhas responsabilidades. Talvez, agora, com mais profundidade e consciência do que significavam. Entendi que a integridade das palavras estava em coesão com a minha própria e refiz-me para sustentar novamente os votos que direcionam a minha existência. Para me expor novamente ao Sol, e iluminar o mundo sem que eu me apague.

Tempos Estranhos, sim. e aí?

Definitivamente estamos vivendo tempos estranhos. E eu me pego refletindo como eu me sinto sobre isso. Por que, ao mesmo tempo em que eu não temo o futuro, eu ressinto a perda do passado. Acho que há essa espécie de pesar que é mais do que mero saudosismo, é um certo amargor de não poder ver a geração futura desfrutando de possibilidades que antes eram abundantes e que estão sendo enterradas, sem que novas alternativas válidas se apresentem. Isso, a meu ver, claro.  Eu não sou um pessimista, longe disso. Eu tenho, sim, uma visão bastante crítica da realidade e costumo antever os conflitos, mas em geral eu também me nutro de encanto e vejo a beleza do porvir. Mas tem sido difícil enxergar a beleza num futuro que mais parece distópico. E, como eu disse, eu não tenho medo. Não por mim, e nem pelos meus. Eu me sinto privilegiado pela sabedoria que me permite a correta condução da vida em quaisquer circunstâncias. Privilegiado por estar cercado de gente assim, que dialoga e...
Escrever quatro textos por mês não é difícil. Escrever, pintar, gravar, atender, cuidar, sim, é mais difícil. Mesmo assim eu persevero: encontro tempo e me espremo, ano após ano. Às vezes saem umas palavrinhas soltas. Às vezes umas desculpas, como essa. Mas às vezes o sumo surpreende. E na minha vida eu entendi que essa Essência rara só é possível por causa do contínuo manejo do lápis, que é preciso continuar espremendo, semana após semana. E esse não é um bloqueio criativo, eu nao estou seco. Eu teria muito mais a dizer publicamente se os meus diários já não recebessem tanto de mim… mas eles são privados, e isto é tudo o que eu tenho para compartilhar para essa diminuta audiência que já mevê além do que eu pareço por aí.