Consagrações, Registros & Mito Pessoal
Sabe o que que define o objeto mágico? A sua história. São as circunstâncias em torno daquele objeto que o consagra. São as coincidências, os detalhes, as singularidades, os registros de afetos e impressões que tornam aquela coisa especial. Um objeto mágico, portanto, tem um mito pessoal.
Agora, antes de avançar nesse tema, eu quero chamar a atenção para a importância das histórias, porque elas também nos consagram e nos modificam. É a vivência emocional que sedimenta o aprendizado, e é por isso que o Páginas Abertas é tão importante: aqui nós expomos relatos, não por identificação, mas como uma ilustração do que pode ser. E essa experiência de contação de histórias, principalmente quando advém da boca do próprio sujeito que as protagonizou, movimenta em nós mais do que mero aprendizado intelectual. É por isso que, apesar de estudar muito, eu sempre tive horror à postura erudita e excessivamente academicista, por que eu a acho “seca”, ou melhor: desencantada.
Então se o Diário Mágicko te inspirou a registrar suas histórias e percepções do mundo, faça um favor a si, a nós, e a toda a nossa comunidade, e altere o seu tom: imprima encanto, registre beleza, consagre as suas histórias, dê meios mais amplos para a expressão do seu poder interno - e também do poder que jaz no meio, nos intermediários da situações, das relações, dos objetos - claro!
A consagração é uma oficialização de título, é um batismo, mas também pode ser uma posse, ou uma formatura. Consagrar é atribuir um ofício a algo. Não é meramente torná-los sagrado, mas sacralizá-los em função de algo. E essa formalização gera um mito, uma história que define aquele objeto, e que quão mais permeada de emoções, maior o registro energético!
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