Estilo de Vida
Toda verdão romantizada de algo serve a um segmento. É um roteiro, uma narrativa. Tem público e tem autor.
Quando algo acontece em nossa vida que muda repentinamente a nossa posição nessa equação percebemos o quão imersos podemos estar numa propaganda e estranhamos o quão deslocados podemos parecer nesse contexto.
Certos de que ao sair de uma nos enquadramos em outra fatia de mercado, não podemos deixar de considerar, entretanto, que aquilo que se vende sobre estilos de vida obedece a uma lógica pré-determinada, que quase nunca contempla as nossas necessidades existenciais ou se encaixa numa perspectiva espiritual. Muito pelo contrário, os valores vigentes descartam essa dimensão ou a contrapõem com seus argumentos plastificados.
Tudo isso para dizer que somos, sim, público alvo de diversas campanhas e compomos um estereótipo que mal conseguimos nós mesmos nos delinear tão bem. Mas se nos pautamos pelo que nos importa e damos profundidade e dimensão às nossas posturas e ações fugimos do roteiro e alteramos os finais previsíveis. Não por sermos do contra ou querermos provar a nosssa autonomia, mas simplesmente porque eles são pobres demais para o nosso potencial. Não nos servem versões românticas de algo que está aquém do que podemos ser.
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