Navalha de Ouro

Exigente pra caralho comigo mesmo, mas também, exigente pra caralho com o meu bem estar. 


Frequentemente me dou conta de que o que está bom para os outros não é nem suficiente para mim. 


Em tudo: em conforto, em estética, em vibração, em amizades. 


Não é mera questão de ser privilegiado ou prepotente, nem sempre foi assim. 


É muito mais uma questão de ter construído meus próprios parâmetros e ser irredutível no que me contempla. 


Acho que eu não estou aberto para negociações. Na verdade, é difícil que eu esteja aberto para discutir o que para mim é irrelevante. 


E por isso podem me acusar de ser autocentrado, ou o que seja. Tanto faz. 


No final das contas, não me importa muito o que não esteja alinhado comigo. É uma questão de referências, entende? De base…


Quando as pessoas têm uma carência sistemática elas preenchem suas lacunas em qualquer oportunidade, pois o vazio delas é de múltiplas possibilidades. 


Quando essas lacunas estão devidamente preenchidas e as carências foram apaziguadas, aí sim o ser consegue entender quais são as reais necessidades dele. 


É isso o que chamo de referência: o entendimento objetivo de si. 


Assim, para mim, já não serve qualquer coisa. 


E é aí que a minha exigência se deleita. Antes era um problema, hoje solução. Pra mim, óbvio. 

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