A Escrita como Hábito da Solidão



Meu diário tem recebido tantas pérolas de conhecimento que eu tenho sido displicente em compartilhar com o mundo. Sobretudo pelo trabalho que dá contextualizar e sintetizar as informações de maneira acessível e, claro, poética. 

Mas penso também que quando a sabedoria abunda ela acaba por encontrar meios mais fáceis de falar aos ouvidos do entendimento. E isso acaba se dando naturalmente no meu dia a dia no consultório ou no contato com amigos e outros amantes do sutil. 

No fim, talvez meu hábito de escrita fosse um vício da solidão que me acompanhou por tanto tempo na vida. Lembro da rigidez e da autocobrança da produção de laudas nas quais eu me derramava por capricho & por necessidade. 

Hoje, porém, não dependo em nada da escrita. E também sou bem menos de feitios exóticos ou dado a apreciações de estranhos. E, se por um lado isso torna a minha produção mais rara, por outro talvez a faça mais autêntica. Escrevo por que quero e afio a minha Vontade em cada linha que pontuo. Ainda me entrego por inteiro, 

mas agora ainda mais inteiro. 

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