Parampara
O Sepher Raziel afirma que “todo livro que vem do Alto é passado de mão em mão” e essa frase tem um sentido para além do literal.
Os livros sagrados não são físicos. Eles podem estar contidos em plataformas físicas de papel e tinta, porém sua mensagem não cabe nas linhas escritas e as extrapola por demais.
Mesmo os mecanismos de codificação em camadas e todo o simbolismo que usamos para complementar e enriquecer a leitura ainda não são capazes de replicar a experiência da recepção da Sabedoria destes livros.
O ponto, portanto, é recebê-lo das mãos de alguém que também já obteve aquele Conhecimento e é detentor de tal Sabedoria, capacitado para passar adiante, o que de fato configura uma iniciação.
Assim, pouco importam as palavras, pois o significado é impresso de forma direta na aura do estudante. A partir desse ponto isso se configura uma linhagem.
Mas que fique claro que a obra do preceptor é importante; a transmissão é uma conquista & um legado; mas a aptidão do receptor é o fator essencial da equação - e este preparo transcende a concepção.
Talvez pela particularidade da tarefa e também pela intimidade que forja este elo, a maioria das transmissões aconteçam uma única vez, em linha reta. Um veículo e um fim. A mesma meta.
Concordo, existe uma transmissão que como o fogo se interpele a necessidade, e realidade consciêncial.
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