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Mostrando postagens de abril, 2020

Parampara

O Sepher Raziel afirma que “todo livro que vem do Alto é passado de mão em mão” e essa frase tem um sentido para além do literal.   Os livros sagrados não são físicos. Eles podem estar contidos em plataformas físicas de papel e tinta, porém sua mensagem não cabe nas linhas escritas e as extrapola por demais.  Mesmo os mecanismos de codificação em camadas e todo o simbolismo que usamos para complementar e enriquecer a leitura ainda não são capazes de replicar a experiência da recepção da Sabedoria destes livros.  O ponto, portanto, é recebê-lo das mãos de alguém que também já obteve aquele Conhecimento e é detentor de tal Sabedoria, capacitado para passar adiante, o que de fato configura uma iniciação.  Assim, pouco importam as palavras, pois o significado é impresso de forma direta na aura do estudante. A partir desse ponto isso se configura uma linhagem.  Mas que fique claro que a obra do preceptor é importante; a transmissão é uma conquista & um legado; mas a aptidão

o centro e o vazio

Quando o silêncio te aflige, sua consciência está deslocada do Centro

Lelahel

“Conforme eu andar, assim se fará o meu caminho”

11 Anos - e o tempo está cada vez mais estraño

‪Eu tenho esse blog literário há mais de 10 anos. No início eu o levava bem mais a sério, tinha horário marcado na agenda pra sentar e produzir textos e reflexões semanais. ‬Os textos ainda são semanais, mas são mais produtos da inspiração repentina do que da disciplina metodológica.  ‪Eu escrevo devagar. Tenho bons insights, um belo poder de síntese e adoro referências intertextuais, mas escrevo devagar. Escrevo tão devagar que às vezes vão-se cinco ou seis horas na produção de um texto de uma página. Mas isso não me incomoda. Pelo contrário, eu conheço meu ritmo e conheço meu trabalho: tal como artesão, vou esculpindo as palavras e vendo como elas encaixam. Analiso métrica, ritmo, progressão, como o texto se sucede, a textura e o sabor do que ele evoca. Escrevo para mim, e avalio a obra pelo que ela me suscita.  É por escrever devagar que eu nunca quis viver de escrita. Também porque eu não lido bem com prazos e nem com gente avaliando minha obra pela metade. Cismas à part