Lapidação de Modelos Mentais

Quando eu vou dar um curso, por mais pratico que ele seja, eu sempre insisto e enfatizo demais a teoria. Ao colocar assim parece que eu estou valorizando o conteúdo intelectual, o que não é verdade. O que eu quero dizer com teoria é sobre a perspectiva correta de se analisar e utilizar os dados que são apresentados. A ênfase na teoria intenta demonstrar o modelo lógico que conduz o aprendizado intelectual, o conteúdo do curso, à prática em si, por mais simples que ela seja.

Nos diversos cursos de espiritualidade, esoterismo e ocultismo por aí afora nós vemos muitas pessoas que leem demais, ou que têm uma grande carga de conhecimento e conteúdo intelectual acumulado, mas não detêm isso que eu chamo de “modelo mental” correto. A lógica de aplicação desses saberes deixa muito a desejar, estando ela comprometida porque o raciocínio daquela ciência não foi construído de forma integral. Assim, muito deste conteúdo que essas pessoas carregam consigo simplesmente se tornam inválidos e não acham nunca uma manifestação completa.

Por outro lado, a pessoa que consegue contemplar o modelo mental correto é capaz de projetá-lo em diversas outras áreas de saberes e incorporar conteúdos inéditos com muito mais facilidade e lhes conferir aplicações orgânicas e espontâneas. Essa é a diferença entre ler um livro por conta própria, interpretando à luz dos seus conhecimentos prévios, ou aprender com quem planeja as palavras a serem sublinhadas para provocar um entendimento mais integral e complementar sua lógica de aplicação. O bom professor trabalha estimulando a lapidação de modelos mentais e não meramente apresentando fatos e argumentos.

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