Enfim você chegou. Parece um sonho, mas não é, tudo é bem palpável. Você se encontra diante de uma porta de madeira escura, muito alta, de forma que se você levantar a mão você não consegue nem tocar no umbral dela. Toda a parede ao seu redor é de um mármore claro e dá à atmosfera um clima um pouco frio. Aliás, há alguns instantes atrás você jurava que não via nada de diferente nesse aposento, até estar diante da porta, prestes a cruzá-la, e sentir que de lá de dentro emana uma sensação de euforia, um magnetismo que parece lhe convidar a entrar. Então você empurra a porta. Não há maçaneta, é um arco de metal brilhante, talvez seja até prata, não duvide disso. O fato é que a porta se abre surpreendentemente leve ao seu toque, ela quase desliza lhe dando passagem para um aposento extenso, mas muito pouco mobiliado. Não há luz ali, exceto a os poucos feixes que transpassam pelas grossas cortinas de veludo, no fundo. Mas há uma mesa de mármore negro lustroso, quase um espelho, e sobre el