Eu, amigo amargo



Eu não sou um bom amigo. Eu sou muito exigente, e eu sei disso. Eu cobro muito das pessoas ao meu redor, eu tenho as expectativas altas, eu dialogo com o potencial e não com a realidade e isso é duro, eu sei.

Mas minha amizades não são pautadas em critérios. Eu só tenho esse entusiasmo descabido que eu busco enxergar nos outros, mas nem sempre me reflito. Não murcho, mas quase que me condôo. Quase, que eu também não sou condescendente: o êxtase cabe a si e eu não tomo parte nisso.

Eu acredito na progressão das almas, no Übermensch e numa espécie de sucesso inevitável que acomete todo ser alinhado consigo. E eu quero possibilitar esta evolução aos que me cercam.

Mas talvez nem todos queriam superar-se. E talvez até por isso sejam outros.


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