Poesia como Instrumento de Libertação
Dos códigos, o mais improvável é a poesia: exige a dedicação de se interpretar cada palavra entalhada, mas sem a devida sensibilidade não se vai além do texto. Toda a realidade é composta de inúmeras camadas e é justamente a compreensão de sua Beleza que nos permite alcançar suas dimensões mais profundas. Essa sensibilidade que tratamos aqui é a mesma advinda dos êxtases mais sublimes. Assim, o iluminado está mais para a delicadeza de uma flor que inspira o silêncio e a admiração do que para uma claridade que ofusca os olhos e confunde a ignorância. De certo, o que ofusca os olhos é a própria flor: quem não a puder apreciar acaba por se embasbacar com aqueles que o sabem.
É esse o mal da ignorância: a eterna permanência.
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