Chovem maçãs, não sei quem fui
Certa vez andava na rua uma figura interessante: uma moça de passos leves e descontraídos a observar os passantes. Ao avistar um rapaz que lhe chamou a atenção, dirigiu-se a ele apontando-lhe os dedos e dizendo:
“Parabéns moço, você mereceu! Estou lhe dando este mundo de presente. Fico, porém, com a contraparte espiritual.”
O rapaz, sem saber o que dizer e nem querer problemas, afastou-se depressa sem olhar para trás. E nisso perdeu o espetáculo: a deusa desvanecia numa gargalhada afetada. O moço, sem nenhuma compreensão prévia de como as coisas funcionam, não sabia que os deuses não precisam de nosso consentimento para qualquer coisa.
E foi assim que nosso destino foi posto nas mãos de um estranho.
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