Comunhão em meio ao caos minúsculo
Calar é a quarta virtude porque resguardar a palavra significa gestar a oportunidade.
O silêncio não omite, ele apenas não revela: é um reflexo de quem o observa e o eco de quem o contempla. Eis pois por que dizem que o calar é consentir: insensíveis! não enxergam além de si e em seu incômodo julgam o vazio...
O lábio cerrado é o pleroma inefável.
É da imprevisibilidade do cão que não ladra que o incauto busca respostas num oráculo vão. O silêncio é essa entrelinha inescrita num pretensioso destino que acreditam os lunáticos;
é a sutil lacuna no convencional, a possibilidade pura que precede a linguagem. A seta retesada e pontual.
O silêncio é de ouro, como dizem.
E quem diz é de prata...
Comentários
Postar um comentário
Comentários?