Nada por menos. Tenho meus planos, plenos de detalhes, Mapas à Vênus, Entalhes artesanais E meus venenos habituais. Nutro pequenas relações comigo Aceno às multidões, enceno perigos Dramatizo questões as quais nem acredito Personifico mitos Em elaborados ritos de solidão. Solidifico personagens Importo paisagens em ilustrações ilustres Lustro imagens que tenho de mim Ao espelho torno-me afim, Visto roupagens, proclamo festins, enfim! Anfitriã em meu teatro ilusório Forjo ontens e amanhãs, um divã, um laboratório Do simplório ao titã Artesã, E não santa de oratório.