Não fazemos concessões ou convenções: nossas regras são espontâneas e não necessitam discursos ou discussões. E nosso silêncio é mútuo, ainda que ruidoso: é o resumo de nossas expressões. Deixamos impressões em pausas e reticências que demoram-se despreocupadas, pois não têm exigências. Nossas frases sustentam-se de onomatopeias, não de argumentos: não vemos propósito na vaidade da inteligência. Nosso tempo ceifa-se a si próprio, mártir de sua sina: nossa atenção é demasiada difusa para que instituamos qualquer rotina. Nosso solo é nublado, frágil como se imagina. Pisamos no terreno da fertilidade, como astros que circundam-se e violam a gravidade: "o que está em baixo é como o que está em cima". Somos a exceção que dá cabo da lei por excedermos aos exemplos triviais. E seríamos os "extraordinários", se não estivéssemos apenas sendo nós, sem mais. Não somos destaques, não acreditamos em contraste, não podemos ser fruto de qualquer assunto para quaisq