Inválidez
quando “reforma” refere-se à aposentadoria
Manipulo tuas
alamedas: antecipo outonos & deponho teus jardins babilônicos.
Folhas
esvaem-se & a vizinhança receptiva distanciou-se sutil.
Os ventos
frios cuidam do uivo que enchem-lhe os ouvidos, pois o bairro soa amordaçado. Teus
verbetes já não lhe são familiares, tampouco o caminho usual. Rondas num, já, labirinto.
Sois temor,
sem qualquer alívio em mapas, consultas vãs! Tens a ti na desesperança tardia,
mas desperta, de não te conheceres e, portanto, perdurará insondável até que te
permitas!
Cercado em ti
podes ver as sombras que se alongam num ocaso demorado, e saber-te em uma rua
sem saída é incitar tua grandeza, porém tua salvaguarda covarde, que vem
restaurar-lhe a ficção para que te apóies em quimeras fantásticas:
-Isto é
questão de experiência, pois compare nossas idades!
São com estas
pretenções levianas com que ludibrias tua própria consciência! Apega-te à tua abstração
neurótica e busca sustentar uma ideia equivocada de livre arbítrio.
POBRE
CRIATURA DIMINUTA! Como se o tempo lhe concedesse rendenção invariavelmente!
Ages como se teu cárcere fosse de ouro e tua pena fosse consensual! E beira
abismos em receios mascarados de soberba, numa cabeça erguida que te amputa os
sentidos e sepulta-te em ti, logo conserva tua segurança: arrasta-a junto
contigo em teu definhar.
Tuas
fronteiras estreitaram-se; milícias insentaram-se; prazos consumiram-se.
O tempo não
te faz/fez tão bem.
Mas já tá
feito.
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