Solvente
Não importa quanto tempo eu passe contigo, nunca é suficiente.
E a despedida, temporária, é sempre um parto que vem me rasgando cada vez mais.
Eu sofro de uma perda de identidade, constante & progressiva. E estes lapsos compõem-me lacunas! Mais do que isso, compõem-me saudades.
Em uma canção que não sei se posso dizer que é triste. E também não posso dizer que é ritmada. Musicada à capela, num respiro incerto de quem toma-se por um ato impetuoso; de quem decide-se, à beira do ouvido, arriscar um sussurro: GRITANTE!
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Minha prosa é confissão. E por sê-la é poesia. E é mais do que frases ensaiadas ou espontâneas, pois tem um quê de desespero; É mais do que um pedido de socorro, pois tem uma dose de desesperança; É mais do que uma declaração. Eu já me encontro completamente explícito, de expressões sublinhadas & pensamentos escancarados: sou todo legível.
Distante, por ter me deparado com a saudade. Absorto, por sabê-la insolúvel.
Obrigado a beber
um copo
cheio
de um veneno
amargo
que me dilacera por dentro
toda vez que você parte.
cheio
de um veneno
amargo
que me dilacera por dentro
toda vez que você parte.
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INSACIÁVEL!
Penso se só vou parar quando extinguir-me...
E no escuro, o silêncio.
O papel que se rasga implacável, mas que é suave aos ouvidos.
Termina seco, sem cerimônias.
E caem as trevas sobre o palco vazio.
Aplausos para o meu teatro! Uivos para o meu vício!
Tudo
para dizer que não penso em parar.Eu nem saberia como...
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