Copo d’água

Acordar, agora, é a recomposição do fôlego.
É como se, há muito, eu estivesse preso em um mergulho forçado e duradouro! E nunca houveram pesadêlos que traduzissem a aflição de ter a respiração privada desta forma.
Envolto em um oceano traiçoeiro que expõe-me, convidativamente, águas domesticadas & que me apunhala (o ego!) com o reflexo da simplicidade e do ser comum: incapaz em seus caprichos!
Porém a gravidade endossa-se:
O castigo transcende a lição de moral e quando tenho-me são, guardado de volta à minha estante, de volta ao meu ciclo que eu, ingênuo, achava-o hermético,
então o reflexo não é só do ego despedaçado; mas também o de um corpo rasgado e marcado pela experiência, real,
até demasiadamente.

E quando vejo-me desesperado, nessa ânsia pelo oxigênio, satisfeito por respirar; Quando vejo- me contente de possuir ar em meus pulmões
é quando descubro-me ridículo!
E a descrição dos fatos me vêem em uma única palavra que se impõem imperativamente como insubstituta:
INFANTIL!

E não de forma a reprimir-me ou desmerecer-me; não no sentido de denotar minha imagem... Mas para caracterizar-me! Colocar-me como criança, diminuído diante da majestosidade que é o universo e da complexidade que são as teias do chaos.
Desaparece aquele velho orgulho tradicional, já empoeirado em sua altivez egóica e o que lhe substitui é seu oposto indubitável:
Resta-me então a sensatez,
de, ainda como criança,não chorar e não voltar a face ao além, desmerecendo a lição.
Resta-me a esperança de estar correto quando exalto em um sussurro
que são águas passadas.

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