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Mostrando postagens de junho, 2011

Copo d’água

Acordar, agora, é a recomposição do fôlego. É como se, há muito, eu estivesse preso em um mergulho forçado e duradouro! E nunca houveram pesadêlos que traduzissem a aflição de ter a respiração privada desta forma. Envolto em um oceano traiçoeiro que expõe-me, convidativamente, águas domesticadas & que me apunhala (o ego!) com o reflexo da simplicidade e do ser comum: incapaz em seus caprichos! Porém a gravidade endossa-se: O castigo transcende a lição de moral e quando tenho-me são, guardado de volta à minha estante, de volta ao meu ciclo que eu, ingênuo, achava-o hermético, então o reflexo não é só do ego despedaçado; mas também o de um corpo rasgado e marcado pela experiência, real, até demasiadamente. E quando vejo-me desesperado, nessa ânsia pelo oxigênio, satisfeito por respirar; Quando vejo- me contente de possuir ar em meus pulmões é quando descubro-me ridículo! E a descrição dos fatos me vêem em uma única palavra que se impõem imperativamente como insubstituta: INFANTIL! E

Inédito

Sou doado demais à minha vontade para ser previsível.

Melodioso

Como um jazz que se alonga noite adentro E as palavras que se encaixariam perfeitamente nas entrelinhas, mas são desnecessárias. Como um sussurro ao pé do seu ouvido, O calor da voz que provoca o estremecer, porém mudo. As frases de impacto decoradas & ensaiadas morrem todas antes da pronúnica e são só reticências... E cada ponto do que eu tenho a dizer é um mero movimento de lábios. Cada letra calada é um suspiro. Cada respiração involuntária é intensa. E, ofegante, tem os olhos fechados e um sorriso suave, extasiado. Eu aplaudo o maestro, confrontando-o em frente ao espelho. Tudo soa como música aos meus ouvidos.

Apelido

Arranca-me um sorriso, pois meu nome é angústia. E tens-me raro: que não costumo ser sincero com meus desumores. Mas, afinal, o elogio é um desafio. e eu mesmo sou um mar de rosas – infestado de espinhos.