Copo d’água
Acordar, agora, é a recomposição do fôlego. É como se, há muito, eu estivesse preso em um mergulho forçado e duradouro! E nunca houveram pesadêlos que traduzissem a aflição de ter a respiração privada desta forma. Envolto em um oceano traiçoeiro que expõe-me, convidativamente, águas domesticadas & que me apunhala (o ego!) com o reflexo da simplicidade e do ser comum: incapaz em seus caprichos! Porém a gravidade endossa-se: O castigo transcende a lição de moral e quando tenho-me são, guardado de volta à minha estante, de volta ao meu ciclo que eu, ingênuo, achava-o hermético, então o reflexo não é só do ego despedaçado; mas também o de um corpo rasgado e marcado pela experiência, real, até demasiadamente. E quando vejo-me desesperado, nessa ânsia pelo oxigênio, satisfeito por respirar; Quando vejo- me contente de possuir ar em meus pulmões é quando descubro-me ridículo! E a descrição dos fatos me vêem em uma única palavra que se impõem imperativamente como insubstituta: INFANTIL! E