Releituras

Ando revirando o passado; revirando os olhos.


Ando por aí, pelas ruas, a me desculpar com o vento que passou por mim e nem o cumprimentei.
Ando por aí, esses dias, dando bola demais aos vizinhos: acenando pra quem não me interessa, dando ouvidos em um excesso de simpatia... Ando com tempo demais.
E hora que me falta, relógio que nunca se dispôs a fazer reverências, hoje me espera atravessar a avenida com os ponteiros a me acompanhar gentilmente.
Dou esmola até. Não dinheiro que nunca tive, mas sorrio e digo um “boa tarde” que é pra ver se a sorte consegue acompanhar mesmo meu passo.


E não é bom-humor por que este eu só reconheço quando já não estou são, mas é que, nas páginas amarelas a nostalgia se faz tão viva que, definitivamente, alegria é o que eu não tenho – mais.

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