Ambição

Eu queria que as histórias que conto por aí fossem reais.
Eu queria que os velhos do boteco da esquina estivessem sóbrios para se lembrarem das memórias que implanto em suas mentes corroídas pelo tempo. Fizeram-se escravos dele, hoje remediam-se com álcool.
Eu queria mesmo que minhas desculpas fossem sinceras, ou ao menos, não tão medíocres. Para que eu pudesse vangloriar-me não da lábia, mas de minha palavra.
Eu a queria, toda, só para mim.
Mas queria também o universo de vidro e a confiança da vizinhança.

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