O "estraño", estranho ao dicionário, é mais adequado à impermanência do que a ordem perfeita da gramática estática. Sutil na rebeldia e informal com tenção, encarna-se em personalidade intensa inexprimível: o curinga perspicaz. Adotado por um tempo que o quer como adjetivo, mas que só o tem pois já é intemperado por si só. Seja clima, seja areia juíza de momentos divergentes (mas agrupados em categorias para a satisfação da lógica racional - e, assim, simplista), sejam "épocas" ou "prazos": o tempo é sempre estraño. A complexidade do termo cunhado discorda de sua adequação, que se faz tão fácil de ser usado pois compreende plenamente o contexto e ressalta-o sublimemente. Pede-se não ser confundido com pleonasmo, ou mesmo com uma interjeição: o estraño é apenas a fresta para o vislumbre do abismo inefável, é uma ilustração, o resumo de uma outra linguagem num sentido literal, também um substantivo, portanto. E por mais que não haja sua conjugação verbal,