Todos possuímos nossas narrativas. Toda narrativa possui múltiplas interpretações. O contexto interno do indivíduo afeta a sua expressão. Bem como, também, o contexto externo faz com que ele ajuste a sua comunicação. É essa plasticidade da linguagem que a torna tão rica. Nos comunicamos a partir da expressão de quem somos. E muitas vezes não lemos como comunicação aquilo que é essencial, a experiência da expressão do indivíduo por si só. Realizar-se a partir do ser. O Essencial, entretanto, não se flexiona à subjetividade do ser. A Essência É o que É. O ser é quem se ajusta a ela: molda-se, esculpe-se, descobre-se. Dito isso, as narrativas são formas de tentar descrever aquilo que é Essencial, fragmentos dessa Essência. Partes do vislumbre do Infinito. As narrativas são sempre enviesadas. E carregam o fardo do eterno desapontamento, pois o incognoscível é, também, intraduzível. Não só não cabe em palavras, mas é a própria experiência humana, e tudo o mais. Entretanto, um alento: