Sabe aquele papo de “Faze o que tu queres” e de que esse Querer é de uma esfera Essencial e supra-racional? Um Querer que é do terreno da Vontade, e não do desejo, e que obedece a uma lógica que transcende a consciência do indivíduo, embora seja intrínseca, e ainda, transpessoal? Pois se estamos prontos para considerar que somos movidos por uma motivação primordial que norteia nossas existências mesmo inconscientemente, logo podemos admitir que tudo o que restringe a livre expressão dessa Vontade é um obstáculo, também primordial. E, assim sendo, o indivíduo que possui uma Vontade potente, possui também um código de conduta bem delineado que lhe é impeditivo nas ações que contrariam a expressão perfeita do seu Querer. Sendo assim, chegamos à ideia de uma moral individual e intrínseca que é produto da projeção dessa Vontade. A princípio pode-se pensar que essa moral não existe objetivamente e é mero contraste dessa potência, uma antítese, reflexo da projeção. Mas não é bem a