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Mostrando postagens de novembro, 2020

O uso de Novos Materiais na Arte

Pra mim arte é assim: quando você está trabalhando com um material novo são vários cuidados e muitas as descobertas. Você chega cheio de dedos, sem muita noção do que pode ou não, sem entender como administrar os erros do processo ou como executar as suas ideias.  Aos poucos a gente vai ganhando intimidade e, de alguma forma, vai se fundindo com o material. Daí em diante parece que a coisa fica mais intuitiva e você vai sentindo quais ferramentas você precisa, como manejá-las, o que funciona e o que não. Essa intimidade é o que aloca poder à obra. Não é meramente o resultado final, mas o tempo de trabalho e dedicação que vão cunhando todo o significado, ainda que despretensioso e livre.  E é justamente essa liberdade que emancipa o artista. Experimentar é permitir-se a exploração de si mesmo, uma jornada de conquista de autonomia por meio da expressão de nossa autenticidade.  Romântico, eu sei. Mas bem intencionado!

Do Medo

O medo é o grande agente depreciador da magia.  Uma vez que um operador tem medo de executar alguma tarefa ou continuar o empreendimento o qual se dispôs, não só ele se torna vulnerável a qualquer força externa, mas também a sua potência míngua de tal maneira que, caso ele se acovarde e não leve a termo os rituais, pode ter um enfraquecimento definitivo, o que será visto como uma falha de caráter a ser corrigida no futuro.  Muitas são as operações que impactam a nossa psique de forma prolongada, tanto para o bem quanto para o mal. É dever do magista, portanto, cuidar de estabilizar sua consciência, preencher as lacunas que carrega consigo e se preparar para os empreendimentos que lhe permitirá conquistar bases mais vastas para a sua Obra. 

A Emancipação do Indivíduo como ferramenta para a Atuação Social

Em 2020 estamos vivendo a história.  Não que não o estejamos sempre, mas esse ano ficará marcado nas décadas posteriores para além dos momentos fugidios desse nosso tempo cada vez mais atroz. Um ano muito difícil e cheio de desafios em todas as esferas coletivas: fomos confrontados no âmbito da saúde, da economia, das políticas sociais, em nossos hábitos mais corriqueiros e, sobretudo, existencialmente. Todas essas adversidades nos propõem discussões e perspectivas diferentes acerca de nós mesmos e do mundo que nos cerca, de nossas posturas e de nossas narrativas, nos dando espaço para expandir nossa consciência e abranger outras possibilidades.  Ao mesmo tempo, parece também que temos cada vez mais espaço para nos isolarmos do pacto da realidade consensual e nos cercar de informações convenientes que endossam nossas sombras mais profundas e sustentam uma ilusão de pertencimento, alimentando nossas certezas absolutas. O fanatismo vende bem. Quem está certo de si compra o produto da cer

Desinformação

É cada vez mais fértil o terreno para se plantar crenças infrutíferas.