tempo estraño

Eu leio muita coisa, de muitas vertentes diferentes.  Mesmo que não seja meu assunto de principal interesse ou a minha linha de estudos, eu costumo trafegar em obras que tangenciam meu trabalho ou o meio em que eu estou inserido. E eu sempre sou feliz em encontrar fragmentos de verdades que coadunam com as minhas práticas e perspectivas, então eu os admito para o meu trabalho, sem desmerecer o contexto e toda a obra do autor.  É difícil achar algo com o qual eu concorde em absoluto, mas vez ou outra isso acontece. E então eu fico deslumbrado: seriam referências em comum? interesses? uma mesma inspiração que nos acerca e nos sopra aos ouvidos? Esse questionamento é o suficiente para me fazer investigar a vida e a obra daquele escritor, não apenas em busca de outros ensinamentos ou do objetivo de seu trabalho de fato, mas, sobretudo, desse elo que é capaz de evocar esse estranho sentimento de intimidade e de compartilhamento.  Ainda que eu seja só mais um leitor, com um título em mãos, t

Existem dois tipos de estudantes de ocultismo: Aquele que diante de um sistema novo decide adaptar as estruturas gerais às suas práticas prévias, eliminando dogmas e tudo que lhe causa desconforto; e aquele que anula suas referências e práticas prévias para conseguir absorver e utilizar o sistema novo integralmente. A regra geral é que a arrogância precede a humildade, tal como o erro precede a sabedoria. Assim, também, o segundo estudante é o resultado do primeiro, depois de ter se dado conta de que o contraste é a qualidade do aprendizado, e muitas vezes ele é desconfortável. Ninguém precisa se ater ao tradicionalismo dos sistemas, e é lícito e encorajado que, sim, se adapte as suas práticas e forme um corpo de estudos mais amplos. Mas é desejável que o estudante, de fato, domine aquelas ferramentas as quais ele clama conhecer, e não meramente tenha conhecimento superficial dos métodos e palavras-chaves, ou experiências de uma noite que em nada traduzem a complexidade de um sistema m

Tudo é pessoal, nada é passional 

Thelema não é imposição de si, mas conquista por unanimidade