Eu decidi assumir todos os desafios que a vida me propõe, e tem sido mais do que gratificante. Nem sempre foi assim. Eu fui assombrado por muito tempo pelo medo de errar, de ser insuficiente ou de ficar insatisfeito com as minha performances. Eu precisava de uma segurança plena de que tudo estaria sob o meu controle, de que cada detalhe daquilo que eu executasse estaria conforme eu havia planejado. Mas não é assim que a vida funciona: tomar o completo controle de uma situação é dedicar uma quantia incontável de tempo e de energia para que um processo não seja orgânico e é por isso que meus projetos se interrompiam pela metade: tanto tempo investido em detalhes, nada sobrava para a materialização do essencial. Eu abandonei a necessidade de controle. Eu entendi, enfim, que a organicidade da vida reestrutura cada um dos fluxos que nos cercam de uma maneira tão sublime que o melhor preparo ao qual devemos nos dedicar é justamente o de lidar com o imprevisível com a naturalidade que o uni