A realização de qualquer tarefa implica na conciliação dos paradoxos que a cerceiam. Resolver os conflitos internos que antecedem a tomada de uma atitude é fundamental para conferir consistência ao ato. Tal processo é semi-automático para a maioria das pessoas, porém conforme alguém inicia a decomposição de suas funções mentais e passa a tomar consciência de si mesmo, as ações rotineiras ressignificam-se e apresentam-se num novo nível de complexidade. O indivíduo que aventura-se às próprias profundezas sem a devida cautela corre o risco de deparar-se com mais do que pode digerir e apresentar dificuldades em reconciliar suas estruturas e ancorar-se de volta à realidade objetiva. É por isso que sempre ouvimos: a filosofia é um meio e não um fim em si. E assim as possibilidades repousam no Caos, mas precisam ser eleitas ante a manifestação: a fenda é estreita e há limites que não comportam o simultâneo. Talvez por isso aquele que possua sua capacidade de raciocínio mais refinada tenha mai