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Mostrando postagens de setembro, 2014

Desocupado

"Inocupado é virgem, Desocupado é Buda." Tudo o que existe emprega esforço & resistência Posta a Impermanência que legisla absoluta O tempo devora quem pouco desfruta E toda labuta tem sua ciência Quem cede & Quem sede A fruta compensa O jejum transcende.

Rumor

O grosseiro não precisa de estímulos, porquanto sequer sabe discernir o sutil do espesso. O óbvio guia-se pela quantidade: fartos flertes e alarde. Ante o jugo estreito todo ganho é pompa, assim o desperdício acompanha o exagero desde sempre. Também por isso a elegância sóbria não foge ao tédio. Há requinte no desejo do perito, e é quase um fetiche entregar-nos a quem nos sabe apreciar, mas qual homem alcança a Vitória quando almeja com vaidade? A volúpia viola a virtude tal Vênus devassada. Não se versa, entretanto, em contemplações sem herdar as insatisfações da arte: mirra o belo em apreciações inertes. Palavra é pouca poesia. O silêncio é afrodisíaco.

Ossos do Ofício

Veio a me conhecer E acabou por conhecer-se melhor.

Ádito

Ouso aos céus Abrangente é a compreensão Um com todos Eis o primor Verdade por dedicação Paz como devoção Há o sublime.