tempo estraño

Eu nunca confronto o orgulho dos demais Pelo contrário, eu o ignoro.  Mas, às vezes, quando estou inspirado,  eu me faço complacente: acolho o tom de superioridade  e o sirvo com toda a minha deferência com servitude & resignação, doce & direta pompa suficiente para o desconforto alheio É que há certo prazer em observar desmoronar  quem não se sustenta Talvez o orgulhoso seja eu. 

Uma vez convidados a repassar toda a nossa vida e sopesar nossas ações, acabamos tendo uma nova perspectiva sobre as nossa relações e o que realmente é importante.  Mais interessante do que analisarmos racionalmente os eventos que de suscederam até aqui é deixar que o inconsciente empreste as vozes e apresente o teatro das sombras diante de nós. Ai entendemos as falas de cada personagem e seu papel na peça. É assim que julgamos bem. 

O Pantáculo pessoal é a solução de um quebra-cabeça: como o indivíduo compreende a vida, o universo e tudo o mais, e qual a sua obra nesse contexto? Em outras palavras: como o seu trabalho se insere no mundo? Quem é você e qual é o seu legado? O Pantáculo fala sobre materialidade e manifestação. Ele é a representação do elemento Terra & é a síntese do entendimento do adepto sobre si, grafado com o simbolismo de suas referências internas, seu alfabeto pessoal. Ele não é autocentrado, mas coloca o indivíduo como o centro do Universo.  Tudo isso faz do pantáculo uma arma extremamente poderosa, uma vez que ele é uma equação & uma resolução. E, ao mesmo tempo, por ser único & intransferível, não serve a mais ninguém além do próprio indivíduo.  É, portanto, fruto de um trabalho íntimo, de si para Si, em que se concentram no selo de um compromisso os recursos tangíveis e intangíveis para a execução de sua Obra no mundo!

A função da espiritualidade não é conferir eventos extraordinários ao indivíduo, mas refinar os seus sentidos e a sua vivência de tal forma que os eventos ordinários do mundo possam ser degustados de maneira extraordinária pelo adepto.