O Véu do Esquecimento não é mera ferramenta reencarnatória, mas uma ode à individualidade. Pode-se argumentar que todos os tempos e espaços são um só, que as dimensões se interpenetram e que o livre-arbítrio só existe na mente do homem, mas temos de considerar que só de classificarmos e organizarmos a experiência da vida em diversas passagens as munimos de individualidade e autenticidade. Em outras palavras, toda experiência é autêntica por si só e tem o direito de ser separada e destacada do contexto geral para se expressar sem os ruídos e interferências do passado ou do futuro. Uma vez que levantamos o Véu do Esquecimento as diversas experiências se interpenetram, tal como tanques cheios de água que assim que conectados nivelam seus volumes. Ao tornarem-se unidade os padrões naturais se reforçam e a ilusão do livre-arbítrio enfraquece. Este não é um problema, mas também não é essencialmente uma solução. O que há para ser entendido é que individualidade e união são possibilidades de