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O Bom Profissional

​Para ser um bom profissional  é preciso não se envaidecer  com a mediocridade dos demais. Porque, às vezes, as pessoas que são referência na área são tão  pífias que o inevitável contraste nos engrandece… E só é bom ser grande aos olhos dos outros. quando a gente é muito grande aos nossos próprios olhos  a gente se acomoda e perde o brilho que nos faz ir além.

Desperdício

A cada ofensiva que eu recebo eu me envaideço mais. Sorvo a sua dignidade e aprecio a validação que faz de mim tão digno de atenção e dos esforços que são geridos em meu nome. Tomo-os como um investimento.  O dinheiro, o tempo & a energia munidos na tarefa são uma aposta. E eu, que sou a banca da casa, tomo as fichas e devolvo o sorriso. Quer apostar de novo? temos a noite inteira! Meus números multiplicam, meu tempo é recorde consecutivo, e adquiro ainda mais poder & vigor.  Voce não entendeu: eu escuto os seus pensamentos. O que você levou décadas para conquistar eu aprendo na sombra do seu ato. E me torno maior. E melhor. E a sua frustração, que cresce a cada ato, é a legitimação que eu degusto e me entretenho.  Talvez, um dia, você tenha sido tão dedicado como eu? Pois eu perduro. Não é disciplina ou propósito, é conduta. É o que eu sou. Impecabilidade. Vaidoso, sim, mas não das minhas habilidades e talentos… vaidoso da impotência alheia. Orgulhoso da retidão ...

Cassinos & Demandas

Um ataque mágico, uma demanda, não é um investimento. É uma aposta. Você decreta a sua vontade, dita como você gostaria que as coisas fossem, e espera pelos resultados. Se as coisas saem conforme o planejado, sua aposta logrou êxito.  Mas, se as coisas não saem como o planejado, o valor gasto fica para a casa. Não é um investimento que não deu retorno, é uma transferência de recursos. Você cede o poder, o aporte, ao outro. Seja dinheiro, capricho ou energia, a casa lucra com a frustração do fraco - que muitas vezes, sabe ser fraco e busca por terceiros e quartos, e assim o lastro cresce e a aposta aumenta. No final da noite uns riem & outros choram.  Mas a casa nunca fale. Essa é a regra. 

Reflexões sobre a Paz

​ “A paz é o estado de comunhão entre todas as partes. E ele é relativo, porque pode possuir gradações subjetivas. Uma paz física e material não necessariamente pressupõe uma paz psíquica. Vocês possuem um evento recente na história mundial que é a Guerra Fria: um conflito explícito, mas de disputa de performance. Como o nome diz, é guerra e não paz. Assim, alguém insatisfeito em uma relação não está desfrutando de paz. Seria, portanto, a paz fruto de uma unanimidade? Ou seja: as outras partes de uma relação em que há alguém insatisfeito podem desfrutar de paz, mesmo em detrimento dessa única parte? Eu digo que não. Que a paz nasce da equivalência e da reciprocidade, e que ainda que haja ignorância acerca das aflições alheias, isso é o suficiente para abalar o equilíbrio não apenas da relação, mas das próprias partes. Assim sendo, ser um portador da paz é se comprometer na cessação dos conflitos (internos e externos) e do sofrimento de todos com quem se relacionar, direta ou indiretame...

Orientação

​Ao chamar um gênio patrono da bússola & das orientações astronômicas, ele me disse: “Já sabes orientar-se exatamente como deves. Mas formula-lo-hei para que reconheças e passes adiante. Sempre que precisares chegar em algum lugar e não tiveres ideia de como o fazer, pare , olhe para o alto e clame:  “Guia meus passo até onde devo ir; conduz-me pelos caminhos e ilumina os meus olhos, para que eu possa experimentar o que me pertinente’ - e então avance, e o mundo servirá-se ante os teus pés.” ” Poético. E realmente funcional. É o que eu faço com alguma frequência…

Incoerência Psíquica

​ Tem uma coisa que me incomoda pra caramba que é a chamada incoerência psíquica: a pessoa que muda de personalidade circunstancialmente. Eu não tenho problema nenhum com pessoas que tem múltiplas personas. Muito pelo contrário, adoro, acho um charme! Eu mesmo sou assim: tenho tantas personas quando roupas para ocasiões diferentes.  O que eu não suporto é a virada brusca de todo o condicionamento psíquico do indivíduo: alguém que foi um por eras, e subitamente torna-se outro mediante algum evento em sua vida. Parece desonestidade existencial. Ou, pelo menos, falta de refinamento: a pessoa sem repertório interno para lidar com os vários temas da vida e sem poder operar a si de forma plural, necessita definir-se entre um ou outro.  E preso nessa ditadura da unicidade nos faz duvidar de se aquele indivíduo alguma vez, realmente, foi algo. E nós, que enxergamos os ciclos, observamos curiosamente as próximas personalidades que surgirão, e como destronarão essas que aí estão, e proc...
Cuspiu pra cima e molhou a testa, coitadinho