Do Advento dos Mestres Ascencionados

Em última instância, não importa se essas figuras existiram objetivamente e com as atribuições históricas que lhes são conferidas, o que importa é a representação mitológica dos ideais e valores que elas encarnam. 

E, sendo baluartes de qualidades específicas, congregam em sua aura adeptos partidários dessa mesma virtude que acabam por compor a hierarquia daquele raio. 

Dito isso, num primeiro momento o Mestre pode muito bem ser uma forma pensamento exaltada, o que não implica que não existam seres com suas mesmas posturas, características & capacidades. Ou seja, há tantos outros mestres ocultos quanto se pode imaginar pela boa fé na humanidade. E, a partir da formação desses adeptos exaltados, a figura do Mestre que era mera condensação de forma pensamento passa a ser extremamente possível e real. 

Cada raio, portanto, é um espectro energético que sustenta todo um grupo de inteligências que comungam das variadas expressões de uma virtude principal. E essas inteligências atuam na evolução humana a partir de suas especialidades e, simultaneamente, servem como ícones que inspiram os indivíduos a se desenvolver por caminhos mais autênticos. 

Em outras palavras, os raios são cores de um arco-íris. E dentro de cada cor bem definida desse arco-íris há outro arco-íris que dá a dimensão da expressão da virtude daquele raio. Assim, as virtudes e qualidades não são estanques, mas se desenvolvem em experimentação conforme a consciência humana consegue sustentar o sagrado em suas vivências. 

Ou seja: o caminho não está pronto, ele se refaz a cada novo dia, e ele é trilhado conforme a capacidade e possibilidade de cada um. O que não quer dizer, entretanto, que qualquer caminho conduza à ascensão, ou que qualquer iniciativa terá o patrocínio de um Mestre e o influxo de um Raio. Às vezes as pessoas precisam caminhar à exaustão para se darem conta de que não estão chegando em lugar nenhum, e só então mudar o seu ritmo.