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Mostrando postagens de novembro, 2010

Privado

E o sorriso se fez propriedade e eu fui feito proprietário.

Insumo

Irrastreável, Incomunicável, Inumerado: às vezes sumo. Impaciente, Impetuoso, Instável: mudo meu rumo. Indescritível, Inefável, Indeterminado: me resumo. E me auto-consumo.

Espetáculo de variedades

Agarrava-se à pilastra indo contra a correnteza. Eu, encostado na parede, recompondo-me, não conseguia desgrudar meus olhos dos dela. Parecia a gravidade a nos atrair, cupidos a nos empurrar, ou mesmo a própria discórdia: que ela estava acompanhada. Olhos que se procuram mutuamente, bocas que se completam feito peças de quebra-cabeça perdidas na sala extensa, talvez imãs separados pelas mãos de uma criança e talvez esta fosse o destino. Mantivemo-nos distantes. A troca de palavras foi inevitável: precisávamos testar-nos; precisávamos provarmo-nos. Mas talvez o gosto fosse insaciável, como foi. E na manhã seguinte escrevo estes versos. Com uma vaga esperança das mãos do destino ter nos soltados por aí, rua afora. Quem sabe?

Universum

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Dispor-se à vida e deixar-se ser conduzido. Que veleje em brisas e brisas e perca-se no horizonte. E que possua limites, para que possa cruzá-los sem que se perceba E só depois a exclamação despreocupada; o misto de surpresa e reticências: -... ah!