O Peso do Nome
O Nome caracteriza o ser. Mais do que um adereço, é parte da assinatura daquela inteligência. O Nome evoca a Essência do que quer que seja chamado. Os deuses, por muito tempo, vêm tendo os seus nomes diluídos nas várias narrativas mitológicas, que foram perdendo sua função litúrgica e se tornando uma espécie de produto cultural. Essa transformação do texto o torna mais acessível, mas também mais raso. O Nome perde poder por não mais evocar no outro a integralidade de sua representação. O outro, em sua limitação de compreensão, conspurca a narrativa e lhe transfere sua limitação. O nome público, portanto, perde sua função de tradução da Essência. Mas a Essência ainda existe. Queria pensar: é os deuses privados? Aqueles que texto algum jamais descreveu? Aqueles cujo contato se dá somente pelos indicados? Por quem, de fato, possui Sabedoria para lhes compreender a Essência? O que esses nomes evocam? E será que precisamos ir tão longe assim? O que os ...